segunda-feira, 14 de abril de 2008

Será que ele é?

autismo
[De aut(o)-1 + -ismo.]
Substantivo masculino.
1.Psiq. Fenômeno patológico caracterizado pelo desligamento da realidade exterior e criação mental de um mundo autônomo.

Hoje li, na camiseta de alguém da faculdade, a palavra “Asperger”, e depois vi que estava escrito “Argenper”. Aí sacudi a cabeça e pensei: não, caí naquela “pegadinha” de ler a primeira e última letras de uma palavra e supô-la inteira (asopsto que vcoê tmébam já leu agulma ciosa a reepsito). Outra balançada de cabeça colocou meus pensamentos no lugar mais fidedigno (acho) com a realidade: de acordo com a teoria psicanalítica, na verdade, eu queria ler Asperger. Que? É! Devo ter associado, no pré-consciente, o comportamento da pessoa com a dita Síndrome.

Pra quem não sabe, a Síndrome de Asperger (SA) é uma “doença social”, de predominância masculina, intermediária entre a pessoa dita normal e aquela autista. A AS tem como características básicas os problemas de comunicação, de interação interpessoal, e seu portador tem interesses específicos em um tema em detrimento de outras atividades... É ou não é ele? Tá, não é, mas algumas características realmente batem...

Na minha outra faculdade tive contato diário, por um ano, com um portador da SA. Ele era o que a gente chama de “paciente de livro”, ou seja, apresentava todas as características dos estudos teóricos, tal como são elencadas nos livros científicos. Meu pai, sagaz que só, e neurologista também ( =P ), identificou-o no ato! Mas ele não era o paciente que víamos no ambulatório, e sim um colega de sala. Alunos e professores passaram maus bocados com sua agressividade, incapacidade de ver-se no outro, todos os TOCs e cacoetes.

Você suspeita que seu vizinho tem Asperger? Quer saber mais sobre esta síndrome? Joga no scielo: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1516-44462006000500002&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt

terça-feira, 8 de abril de 2008

Epitáfio

paixão
[Do lat. passione.]
Substantivo feminino.
1. Sentimento ou emoção levados a um alto grau de intensidade, sobrepondo-se à lucidez e à razão;
2. Amor ardente; inclinação afetiva e sensual intensa;
3. Afeto dominador e cego; obsessão;
4. Entusiasmo muito vivo por alguma coisa;
(...)
7. Desgosto, mágoa, sofrimento;
(...)
9. Disposição contrária ou favorável a alguma coisa, e que ultrapassa os limites da lógica; parcialidade marcante; fanatismo, cegueira:

Nossos olhares não se vêem mais.
Nossos amores não se palpam mais.
Confluência de vergonhas, vergonha!
Somos estranhos íntimos, com o sabor da pele tão próximo;
Somos estranhos próximos, já tocamos as vergonhas.
Antes ouvia seu coração, num doce bater, ao me ver;
Hoje é pura amargura e desprazer, de você, por você, com você...

Já trocamos juras de amor, meu amor,
Não foi mais que uma tênue paixão, um borrão;
Afogados em erros, flutuando no mundo da imaginação
De Platão.
Perdidos no espaço que vai do límbico ao coração
Lá estão, meu amor, meu amor e sua paixão

Estranhos tão próximos e tão íntimos
Que dá vergonha lembrar das vergonhas,
E do desespero em sufocar de amor um amor tão etéreo.
Ainda arrepio quando te vejo, sem mais paixão, não;
Este, meu amor, é o paladar da desilusão.
Já passamos do começo do fim, agora não há mais solução,
Só me resta lembrar de thi ao olhar um pelúcia e vestir um cordão.
Ex-paixão.